Quando há necessidade de identificar alguma alteração nos órgãos internos do corpo humano, o médico solicita que o paciente realize um exame de raio x, ou seja, uma radiografia. E o que vem a ser radiografia?
A Radiografia é uma placa sensível onde ficam registradas pelos raios x, as imagens de órgãos, ossos e de outras formações internas do corpo. Sistematicamente, os raios emitidos pela máquina atravessam o corpo e marcam a placa, gerando uma imagem do local a ser examinado.
Essas imagens são o resultado do exame e objeto de análise, portanto é necessário, além da capacidade de leitura, uma boa qualidade dessa imagem. Essa qualidade depende de alguns fatores como: a resolução da imagem, contraste e nitidez. Outros fatores técnicos como a geometria da imagem, posição correta do filme em relação à máquina e algumas peculiaridades do Raio X produzido em cada máquina também são importantes para a boa formação da imagem final do exame.
A imagem tem, em sua maioria, a cor escura. Isso se deve ao fato do papel ser atingido pela radiação na maioria de sua área; quanto mais exposto à radiação o papel é, mais escuro ele fica. Os outros tons que ficam presentes na imagens é o branco e alguns tons claros. Essa partes são as estruturas do corpo que não permitiram a passagem dos raios e são as partes de interesse do exame. No entanto, esses tons claros significam que não permitiram parcialmente a passagem do Raio X e podem ser também analisados. Essa capacidade de permitir, ou não, a passagem do Raio X é chamada densidade radiográfica e depende do material que é formado, tamanho, da intensidade do Raio X e, ainda, outros fatores que são levados em consideração.
Dos elementos do corpo humano, o osso é o de maior densidade radiográfica, portanto, é o de área mais branca (permite que pouquíssimos Raios X passem). Metais são ainda mais densos que o osso; logo, a localização de uma corpo estranho metálico dentro do corpo é relativamente fácil com esse tipo de exame. Gorduras, músculos e líquidos são áreas de pouca densidade radiográfica e, portanto, acinzentadas no exame. O ar é o elemento presente no corpo com menor capacidade de impedir a passagem de raio; portanto, é a parte mais escura do exame.
O exame de raio x é bastante útil para a avaliação de estruturas como pulmão, tórax, face, dentes, acompanhar a evolução de tumores, diagnosticar fraturas e doenças ósseas, dentre outros. O exame geralmente é de baixo custo e está disponível no sistema público de saúde.
Existem dois tipos de radiografia: a convencional e a digital. A radiografia convencional obtém as imagens do corpo humano através de feixes de raio x e filme fotográfico. Já a radiografia digital utiliza a tecnologia para gerar imagem digital dos exames tradicionais de raio x, que são processados no computador. A vantagem da digital sobre a convencional está nos seguintes fatores: menor exposição aos raio x, melhor resolução das imagens e arquivamento dos exames em CDs, por exemplo.
A máquina de raio x fica localizada em uma sala isolada. O técnico realiza determinados procedimentos como:
Existem exames de raio x de acordo com a necessidade e a área do corpo a ser examinada, são eles: Raio X do Tórax, Raio X da Face, Raio X do Pulmão, Radiografia Carpal (raio x de mão e punho), Raio X Odontológico - Radiografia Interproximal (raio x dos pré-molares e molares), Radiografia Panorâmica (raio x maxilo-mandibular), Radiografia Periapical (raio x intrabucal).
Quando há suspeitas de nódulos, tumores e um possível câncer de mama, a mamografia é o melhor e mais indicado exame de diagnóstico por imagem para o estudo do tecido mamário. Mesmo que o nódulo ainda não seja palpável, as imagens da mamografia tornam possível a sua detecção.
A mamografia geralmente é realizada em uma fase precoce da doença, associada ao melhor prognóstico para cura e um tratamento menos agressivo. Em alguns países, esse exame de raio x é recomendado, com ou sem o exame clínico das mamas, para mulheres com 40 anos ou mais, a cada 1 ou 2 anos.
O aparelho utilizado na mamografia se chama mamógrafo. Existem dois tipos de mamógrafos: o convencional e o digital. Os dois utilizam o raio x para a produção da imagem da mama e o procedimento da compressão da mama. A diferença entre eles se encontra na forma de captação dos raios. Não há vantagem significativa no diagnóstico do câncer de mama, quando comparados de uma maneira geral.
Com melhor resolução de imagens, a tomografia computadorizada é um tipo de raio x mais detalhado, que possibilita uma reconstrução tridimensional do corpo humano. Órgãos como coração e cérebro são especialmente examinados nesse procedimento.
De maneira simplificada, a tomografia computadorizada funciona da seguinte forma: emissão de feixes de elétrons, de maneira circular, gerando informações que são processadas pelo computador. Basicamente, o paciente é colocado em uma mesa que se desloca para dentro de um anel com 70 cm de diâmetro, aproximadamente.
A densitometria óssea é um exame que utiliza dupla emissão de raios X para medir quantitativamente a massa óssea. O exame serve para prevenir, diagnosticar e acompanhar o tratamento da osteoporose e também na avaliação de um risco de fratura.
A densidade óssea é analisada de forma computadorizada, utilizando uma pequena quantidade de raio x (intensidade semelhante à radiação emitida em uma manhã ensolarada). O indivíduo se posiciona na mesa de exame e o equipamento captura imagens da coluna lombar e do fêmur (ossos mais afetados pela osteoporose). É um procedimento rápido, simples e de fácil execução, pois dura em torno de 15 minutos, além de não causar qualquer incômodo ao paciente.